A população muçulmana na Grã-Bretanha atingiu 3.4 milhões em 2014 se tornando cerca de 5,3% da população de 64 milhões de habitantes, de acordo com os números inferidos de um estudo recente sobre o crescimento da população muçulmana na Europa. Em termos reais, a Grã-Bretanha conta com a terceira maior população muçulmana da União Européia depois da França e da Alemanha.
O islamismo e os problemas relacionados com o islamismo estiveram onipresentes na Grã-Bretanha em 2014 e podem ser divididos em quatro grandes temas: 1) o extremismo islâmico e as implicações sobre a segurança dos jihadistas britânicos na Síria, 2) a contínua disseminação da lei da Sharia na Grã-Bretanha, 3) a exploração sexual de crianças britânicas por gangues muçulmanas e 4) a integração muçulmana na sociedade britânica.
A seguir decorre uma análise cronológica dos artigos mais importantes a respeito do crescimento do islamismo na Grã-Bretanha em 2014.
Em janeiro, uma análise de dados de recenseamento revelou que cerca de 10% dos bebês e crianças com menos de três anos na Inglaterra e no País de Gales são muçulmanos. A percentagem de crianças muçulmanas com menos de cinco anos é quase duas vezes maior do que da população como um todo. A título de comparação, menos de uma em 200 pessoas com idade acima de 85 anos é muçulmana, indicando a extensão na mudança da taxa de nascimentos em relação à demografia religiosa na Grã-Bretanha.
Também em janeiro, fundamentalistas muçulmanos ameaçaram decapitar um patrício muçulmano britânico após ele ter postado uma imagem inócua de Maomé e Jesus em sua conta no Twitter. As ameaças de morte contra Maajid Nawaz, candidato do Partido Liberal Democrata para o Parlamento Britânico, engrossaram o número de casos nos quais islamistas estão usando táticas de intimidação para restringir os direitos de liberdade de expressão de patrícios muçulmanos na Europa.
Em 16 de janeiro, uma muçulmana foi detida pela polícia contraterrorista no Aeroporto de Heathrow quando ela se preparava para embarcar em um voo para a Turquia. Nawal Masaad, 26, foi acusada de tentar contrabandear £16.500 (US$27.000; €20.000) escondidos em suas roupas íntimas para jihadistas na Síria. Ela juntamente com seu co-conspirador, Amal El-Wahabi, 27, marroquino que não trabalha, que vive dos benefícios da assistência social britânica para ele e seus dois filhos, foi a primeira mulher britânica a ser acusada de crimes terroristas ligados ao conflito na Síria.
Em 23 janeiro, o chefe da unidade contraterrorista da Scotland Yard, Comandante Richard Walton, revelou que menores britânicos foram presos sob a acusação de estarem ligados ao conflito na Síria, isso somente em janeiro, comparado a 24 casos em todo ano de 2013. Ele disse ser "praticamente inevitável" que alguns combatentes tentem preparar ataques na Grã-Bretanha quando retornarem.
Em 16 de janeiro, o islamista britânico Abu Waleed delineou sua visão de um estado islâmico na Grã-Bretanha e exigiu que os cristãos fossem humilhados para que se convertam ao islamismo. Em um vídeo ele disse:
"se um muçulmano vir um kaffir (não-muçulmano) com roupas bonitas, o kaffir deve tirar as roupas dele e entregá-las aos muçulmanos. O kaffir, quando andar pelas ruas, deverá usar uma faixa vermelha ao redor do pescoço, sua testa deverá estar raspada e ele também deverá usar dois sapatos, um diferente do outro. A ele (infiel) não será permitido andar pela calçada, ele terá que andar no meio da rua e terá que andar montado em uma mula. Esse é, meus queridos irmãos, o estado islâmico".
Em Bristol, a câmara municipal aprovou um controvertido plano para transformar um espaço para artes alternativas em uma mesquita. Em Cambridgeshire, um grupo muçulmano apresentou planos para transformar um armazém em uma nova mesquita. Em Cambridge, a população local se opôs a um plano para construção de uma megamesquita no valor de £17.5 milhões (US$28.5 milhões; €21 milhões), sob a alegação que poderia ser "uma fachada para o terrorismo". Em Blackburn, cidade que abriga cerca de 100 mesquitas, os membros da câmara municipal foram exortados a rejeitar um plano para construir uma mesquita em um bairro residencial.
Em Southend, residentes comemoraram após quatro anos de batalha que resultou no fechamento de uma mesquita ilegal. Em Newton Mearns, sul de Glasgow, foram abandonados planos para construir uma mesquita nas dependências de uma escola em um dos subúrbios mais ricos da Escócia, devido a críticas da população local em relação à iniciativa.
Em Catherine-de-Barnes, pequena aldeia na região centro-ocidental da Inglaterra, residentes se opuseram à iniciativa de construir um enorme cemitério, somente para muçulmanos, com espaço para 4.000 seguidores serem enterrados e um estacionamento para 75 visitantes. A aldeia tem uma população de apenas 613 habitantes, que significa que o cemitério teria lugar para seis vezes e meia a população de Catherine-de-Barnes.
Em fevereiro, as estatísticas oficiais mostraram que a imigração líquida no Reino Unido decolou para 212.000 no ano que termina em setembro de 2013, um aumento significativo dos 154.000 no ano anterior. Os novos dados sobre a imigração lançam dúvidas em relação à promessa do Primeiro Ministro David Cameron de atingir uma migração líquida, a diferença entre o número de pessoas que entram na Grã-Bretanha e as que saem, para "dezenas de milhares" antes das eleições gerais de maio de 2015.
Além disso, dados liberados pela National Crime Agency (Agência Nacional de Crimes) mostrou um aumento de 155% de crianças britânicas estupradas por gangues do sexo no ano de 2013.
Também em janeiro, um extremista muçulmano que matou um soldado a machadadas em uma rua de Londres em maio de 2013, apelou da sentença, com dinheiro do contribuinte, contra a sua condenação. Michael Adebolajo, 29, que tentou decapitar o soldado britânico Lee Rigby com um cutelo de açougueiro, insistia que ele não deveria ser condenado por ser um "soldado de Alá", consequentemente o assassinato de Rigby foi um ato de guerra e não um assassinato premeditado.
Adebolajo e seu litisconsorte, Michael Adebowale, 22, foram condenados por um júri em dezembro de 2013 e sentenciados em 26 de fevereiro. Adebolajo foi condenado à "prisão perpétua" e Adebowale à prisão por no mínimo 45 anos. O irmão de Adebolajo disse que ele foi vítima de "islamofobia".
Em 16 de fevereiro o jornal The Sunday Times divulgou uma matéria relatando que cerca de 250 jihadistas britânicos, que foram treinar e lutar na Síria, voltaram ao Reino Unido e estão sendo monitorados pelos serviços de segurança. Autoridades disseram que o alto número daqueles que "retornam", é cinco vezes o número anteriormente relatado, enfatiza o crescente perigo apresentado pelos "turistas extremistas" que vão às regiões de conflito. O MI5 e a polícia disseram que eles temem que os que "retornam" poderiam estar preparando um atentado do tipo cometido em Mumbai, em civis, provavelmente em um local público de grande circulação de pessoas em Londres.
Em 14 de fevereiro, três justiceiros muçulmanos que aterrorizavam membros inocentes da sociedade, autoproclamados "Patrulha Muçulmana", foram banidos de promover a lei da Sharia na Grã-Bretanha por um período de cinco anos.
Em março, as autoridades britânicas lançaram uma investigação na origem de um documento que supostamente delineava uma conspiração de fundamentalistas muçulmanos para islamizar escolas públicas na Inglaterra e no País de Gales. O documento, de quatro páginas, descreve uma estratégia batizada de Operação Cavalo de Tróia, que tinha como objetivo afastar diretores e docentes de escolas estaduais em bairros muçulmanos e substituí-los por indivíduos que iriam gerir as escolas de acordo com os rígidos princípios islâmicos.
Também em março, apareceu um relatório chamado, "Easy Meat (Carne Fácil): Multiculturalismo, Islamismo e Escravidão Sexual de Crianças", mostra como as autoridades na Inglaterra e no País de Gales tinham conhecimento do desenfreado abuso de crianças, o processo pelo qual predadores sexuais fazem amizade e ganham a confiança das crianças a fim de prepará-las para o abuso por gangues muçulmanas desde no mínimo 1988. Em vez de tomarem medidas para protegerem as crianças britânicas, a polícia, assistentes sociais, professores, vizinhos, políticos e a mídia deliberadamente minimizam a gravidade dos crimes cometidos por essas gangues a fim de evitarem serem acusadas de "islamofobia" ou racismo.
Enquanto isso, números oficiais revelam que níveis recordes de muçulmanos estão cumprindo sentenças nas prisões e que os números não param de crescer. Por toda a Inglaterra e País de Gales a proporção aumentou de 8% há uma década para 14% atualmente. Em Londres a proporção é de 27%, mais do que o dobro dos 12% da população muçulmana da capital.
Em 27 de março, a ITV News relatou que o problema da violência baseada na honra e dos casamentos forçados na Inglaterra é "muito pior do que muitos imaginam", e que muitos temem falar porque não querem ser estigmatizados como "racistas". — Claire Phillipson, da Wearside Women in Need disse o seguinte:
"Não tenho dúvidas que por todo nordeste (da Inglaterra) a primeira, segunda e terceira gerações de jovens inglesas estão à mercê do casamento forçado.
"Escolas e comunidades não falam sobre esse assunto, porque estão preocupadas de serem chamadas de racistas e islamofóbicas. Elas não sabem onde está o limite entre cultura, religião e direitos humanos".
Imagem do vídeo "O direito de escolher: Identificando os sinais de casamento forçado, Nayana", produzido pelo UK Foreign & Commonwealth Office. |
Em 13 de março, a Law Society, a principal associação profissional que representa e administra a advocacia na Inglaterra e no País de Gales, emitiu um guia inovador para ajudar advogados a esboçarem testamentos que estejam de acordo com a Sharia e documentos de planejamento de espólio. A medida, de fato, consagra pela primeira vez a lei da Sharia no sistema legal britânico.
Em abril, o governo britânico lançou uma consulta popular para saber se ele deveria ou não introduzir empréstimos a estudantes que se submetem à lei islâmica da Sharia, que proíbe fazer empréstimos que envolvam o pagamento de juros.
Comentaristas dizem que o debate sobre os empréstimos a estudantes com taxa de juros, decorre do aumento das exigências de complacência do sistema bancário e de seguros em relação à Sharia, bem como para cartões de crédito, financiamento para a compra da casa própria e fundos de pensão, que juntos, estão contribuindo para o estabelecimento de sistemas islâmicos paralelos tanto financeiros quanto legais na Grã-Bretanha.
Em outra ocasião, o Lloyds Bank foi acusado de discriminação religiosa inversa após deixar de cobrar taxas sobre saques a descoberto somente para os muçulmanos. O banco declarou que não-muçulmanos terão que pagar até £80 (€97, US$135) ao mês por um saque a descoberto, ao passo que para os muçulmanos "não haverá essa cobrança".
Enquanto isso, a gigante do fast food, Subway, retirou presunto e bacon de cerca de 200 pontos de venda na Grã-Bretanha e adotou alternativas halal ("permitido" ou "dentro da lei" em árabe) para a carne, numa tentativa de agradar seus clientes muçulmanos.
Em 9 de abril, a Secretária do Interior Theresa May publicou o relatório anual sobre a estratégia do governo para enfrentar o terrorismo. O relatório concluiu que os jihadistas britânicos que retornam da Síria, com a experiência de guerra, apresentam agora a mais séria ameaça para a segurança britânica.
Em 17 de abril, a Sheffield Crown Court (Tribunal da Coroa de Sheffield) considerou Aras Hussein, 21, culpado pela decapitação de sua namorada, Reema Ramzan, 18, com uma faca de cozinha no apartamento dela em Sheffield em junho de 2013. Foi sentenciado à prisão perpétua, tendo que cumprir no mínimo 20 anos da pena na prisão.
Em 30 de abril, um júri na Manchester Crown Court (Tribunal da Coroa de Manchester) ouviu como Ahmed Al-Khatib, 35, assassinou sua esposa por ela ter se tornado "ocidentalizada demais". O promotor público disse ao júri que ela (mãe de 3 filhos) vivia "com medo do marido" e "acreditava que um dia ele poderia matá-la". Posteriormente ela procurou ajuda da polícia e de um advogado. O promotor público declarou:
"a família dos réus se sentiu ofendida por ela ter procurado a justiça. Eles a queriam juntamente com seus filhos de volta no seio familiar... Por isso foi decidido que ela devia ser forçada a concordar ou ser morta".
Em 19 de abril, a Charity Commission, uma agência do governo que regula as sociedades beneficentes no Reino Unido anunciou ações punitivas contra as sociedades beneficentes muçulmanas que enviam dinheiro para grupos jihadistas na Síria.
Em 24 de abril, autoridades do contraterrorismo britânico lançaram uma campanha, de alcance nacional, com o objetivo de incentivar mulheres muçulmanas a entrarem em contato com a polícia se elas acreditarem que membros da família ou amigos próximos estejam se preparando para viajar para a Síria, para entrarem em combate.
Também em 24 de abril, um grupo de advogados britânicos lançou uma nova organização chamada "Sharia Watch UK (De Olho na Sharia, Reino Unido)" para "ressaltar e expor os movimentos na Grã-Bretanha que defendem e apóiam o fomento da lei islâmica na sociedade britânica". O grupo chamou a lei da Sharia "Ponto Cego da Grã-Bretanha".
Em maio, um assessor sênior do Lutfur Rahman, prefeito com ligações extremistas do bairro londrino de Tower Hamlets, altamente islamizado, ameaçou fazer uso de protestos violentos de muçulmanos se não pararem de questionar a maneira com que foi conduzida sua reeleição. Rahman venceu a eleição com uma pequena margem em 23 de maio como independente, mas o resultado lançou dúvidas em meio a dezenas de relatos de intimidação de eleitores e de uma contagem caótica dos votos, que levou mais de cinco dias até que fosse declarado o resultado final. Rahman foi expulso do Partido Trabalhista em 2010 após o The Telegraph revelar suas íntimas ligações com um grupo extremista islâmico, o Islamic Forum of Europe.
Em 19 de maio, um júri em Nova Iorque considerou Abu Hamza, ex-imã da mesquita de Finsbury Park no norte de Londres, culpado das 11 acusações após um julgamento de quatro semanas. Hamza de um olho só, sem mãos, foi acusado de organizar um campo terrorista nos Estados Unidos, tomar reféns no Iêmen além de enviar um de seus seguidores de Londres para o Afeganistão para receber treinamento da al-Qaeda. As decisões condenatórias decorreram após uma longa batalha sobre sua extradição do Reino Unido, que começou em 2004, mas apenas conduzida em 2012. Ao mesmo tempo, a Scotland Yard e o MI5 foram acusados de ignorar uma série de advertências de que Hamza estava criando um centro para o terrorismo internacional em Londres já desde 1999. Apesar da condenação de Abu Hamza, a Grã-Bretanha continua sendo a líder em recrutamento para a al-Qaeda.
Em 16 de maio, o Telegraph relatou que Aminu Sadiq Ogwuche, nascido na Grã-Bretanha, é o "chefe" do grupo islamista Boko Haram, responsável pelo sequestro de centenas de alunas de uma escola na Nigéria, foi radicalizado enquanto estudava em uma universidade britânica. Ogwuche, filho de um coronel aposentado da Nigéria, que segundo colegas da Universidade de Glamorgan no País de Gales se autodenominava "O Leão de Alá", ameaçava cortar as mãos e os pés de não-muçulmanos quando morava no Reino Unido.
Em 9 de maio, a mãe de Nicky Reilly, convertido ao islamismo que tentou explodir um restaurante lotado de pessoas jantando em Exeter em 2008, disse à BBC Radio 4 que o futuro homem bomba se transformou em uma "arma carregada" por extremistas islâmicos na Grã-Bretanha. O rapaz de 22 anos mudou de nome para Mohammad Abdulaziz Rashid Saeed-Alim em 2004, em homenagem aos jihadistas que atacaram Nova Iorque em 11 de setembro de 2001. Kim Reilly disse o seguinte: "eles lhe disseram que ele estaria no paraíso com 44 virgens e ele acreditou".
Em 7 de maio, a Pizza Express, uma rede de restaurantes britânicos, revelou que estava usando carne halal em todos os pratos que continham carne de frango, em todos 434 restaurantes espalhados pelo Reino Unido. Segundo a lei islâmica, o frango só pode ser consumido se o pescoço da ave tiver sido cortado enquanto ela ainda estiver viva. Um verso corânico também é recitado durante o ritual. Em 15 de maio, constatou-se que pelo menos doze das universidades mais importantes, incluindo a Universidade de Oxford, vêm servindo secretamente carne halal aos estudantes, que não suspeitam de nada.
Em 30 de maio, um médico somali que exercia a atividade em Birmingham foi excluído do registro do direito legal de exercer a medicina depois que ficou constatado por um tribunal, a conduta profissional imprópria por ter revelado a uma repórter disfarçada, como providenciar a mutilação genital feminina fora do país para suas duas sobrinhas.
Em junho, Tablighi Jamaat, um grupo islâmico radical comprometido com a "jihad perpétua" para disseminar o islamismo ao redor do mundo, deu mais um passo para construir uma das maiores mesquitas do mundo em Londres, depois que um importante oponente muçulmano do controvertido projeto foi intimidado a ficar calado. A proposta da megamesquita que será construída em uma área de 64750m2 próximo ao Olympic Stadium terá capacidade para 9.000 fiéis.
Em 17 de junho, o primeiro-ministro britânico David Cameron advertiu que os cidadãos britânicos e demais cidadãos europeus, que estão lutando juntamente com insurgentes islamistas no Iraque e na Síria, constituem a maior ameaça para a segurança nacional da Grã-Bretanha.
No entanto, em 22 de junho, o Financial Times informou que: "o Foreign and Commonwealth Office cortou pela metade o orçamento para o contraterrorismo, ainda que as autoridades tenham advertido sobre a mais grave ameaça dos grupos terroristas do exterior ao Reino Unido, desde os atentados de Londres de 2005".
Também em 22 de junho, o Sunday Times relatou que jihadistas britânicos estão se fazendo de mortos no campo de batalha na Síria, na tentativa de retornar ao Reino Unido sem serem detectados. Em uma ocasião, foi anunciado nas redes sociais, pelos seus companheiros, o martírio de um combatente na Síria, entretanto a polícia deteve o "morto" na cidade portuária de Dover.
O Times também relatou que um jihadista britânico usando o nom de guerre Abu Rashash Britani postou recentemente uma mensagem no Twitter que dizia: "quando estabelecermos o khilafah (estado islâmico), um batalhão de mujahideen deverá ir para o Reino Unido, capturar David Cameron e Theresa May e decapitar os dois :)".
Outro jihadista de Birmingham de nome Junaid Hussain tweetou que a "bandeira preta da jihad" logo estará tremulando sobre a Downing Street. Ele também tweetou: "imagine se alguém detonasse uma bomba em postos de votação ou que emboscassem as vans que transportam as cédulas preenchidas. Seria o caos no sistema de votação". Hussain tweetou novamente uma advertência de um compatriota com as mesmas ideias, avisando o povo britânico para "tomarem cuidado", porque "nós voltaremos ao Reino Unido e devastaremos tudo".
Enquanto isso, um jihadista de 19 anos de Portsmouth chamado Muhammad Hassan prometeu fazer uma "orgia de assassinatos" contra cidadãos britânicos se ele retornasse à Grã-Bretanha.
Em 16 de junho, uma nova lei entrou em vigor, que faz com que casamento forçado seja considerado um delito penal na Inglaterra e no País de Gales, com punição de até sete anos de prisão. Uma investigação encomendada pelo governo estima que até 8.000 mulheres jovens na Grã-Bretanha são vítimas de casamentos forçados a cada ano, mas sociedades beneficentes afirmam que o número real é bem mais alto porque muitas vítimas têm medo de se exporem.
Em 12 de junho a BBC divulgou que famílias muçulmanas na Grã-Bretanha estão contratando caçadores de recompensas para localizar vítimas de casamentos forçados que tentam fugir.
Em 25 de junho, a Grã-Bretanha se tornou a primeira nação ocidental a emitir títulos islâmicos, concluindo um plano que estava há mais de sete anos em elaboração. Investidores fizeram solicitações no valor de £2.3 bilhões (US$3.9 bilhões), mais de onze vezes a quantidade de títulos disponíveis.
Em 24 de junho, o Ministro de Estado para Universidades e Ciência, David Willetts, declarou que a alternativa que esteja em conformidade com a Sharia para empréstimo convencional para estudantes poderá estar disponível no Reino Unido no início de 2016. Ele afirmou: "seria uma tragédia se algum estudante, particularmente um estudante muçulmano, devido à questão, da assim chamada taxa de juros, não pudesse frequentar a universidade". Acrescentando: "isso não significa que estamos introduzindo a lei da Sharia no Reino Unido".
Em 6 de junho, o Ministério da Defesa britânico (MoD em inglês) admitiu que soldados não-muçulmanos estão sendo alimentados, sem saberem, com carne halal em bases militares.
Também em junho, uma investigação descobriu que toda a carne de frango e de cordeiro que está sendo servida na Universidade de Warwick é halal. Um estudante do primeiro ano comentou:
"é repugnante que somente carne islâmica seja fornecida e nenhuma outra. Como pode ser aceitável para mim comer carne abençoada por outra religião diferente da minha? Para impor, de fato, um monopólio na minha escolha me faz questionar se a religião deles (islâmica) é priorizada acima da minha".
Em 9 junho inspetores do governo comprovaram que a biblioteca na Olive Tree Primary School (Escola Primária Olive Tree), escola muçulmana em Luton, incluía livros que defendiam apedrejamentos e chibatadas. Diretores da escola acusaram os inspetores de "islamofobia".
Em julho, analistas do SITE, grupo que monitora a propaganda islâmica radical, informou que um número cada vez maior de mulheres britânicas estão mudando para a Síria para que seus filhos sejam educados sob o Estado Islâmico. Uma delas, Aqsa Mahmood, de 20 anos de Glasgow, Escócia, foi para a Síria em novembro de 2013.
Mahmood frequentava escolas particulares, queria ser médica, mas saiu da universidade sem avisar ninguém e desapareceu durante a noite para se tornar uma jihadista e casar com um combatente do EI. Usando o nome jihadista Umm Layth ("Mãe do Leão em árabe") Mahmood usa as redes sociais para estimular mulheres muçulmanas britânicas a deixarem suas famílias e se juntarem à jihad na Síria. Ela escreveu: "tão logo se chega na terra da jihad, o Estado Islâmico é sua família".
Em 3 de julho, o Inner London Crown Court (Tribunal da Coroa do Centro de Londres) sentenciou seis muçulmanos com a decisão final combinada de 36 anos de prisão, por terem atacado dois negros com um bastão de beisebol pelo fato deles não serem muçulmanos. O Juiz Ian Darling afirmou: "não só houve um aspecto religioso nesse crime como também houve, indubitavelmente, um elemento racial".
Em 4 de julho um jihadista britânico que usa o nom de guerre Abu Osama disse o seguinte à Radio 5 da BBC:
"se e quando eu voltar à Grã-Bretanha será quando esse Khilafah, Estado Islâmico, vier para conquistar a Grã-Bretanha e eu irei hastear a bandeira preta do islamismo na Downing Street, no Palácio de Buckingham, na Tower Bridge e no Big Ben."
Em 6 de julho, um jihadista britânico usando o cognome Abu Dugma al-Britani, avisou que o Estado Islâmico irá capturar a Downing Street e executar pessoas na Trafalgar Square. Fazendo uso do Twitter, ele enviou a seguinte mensagem: "Downing Street será a base dos muçulmanos. Trafalgar Square é o lugar onde acontecerão as execuções públicas. O exército do Estado Islâmico está chegando".
Em 8 de julho, Lord Richard Scott, Ex-Juiz do Supremo Tribunal Britânico, conclamou os cristãos a se casarem com muçulmanos para lidar com a islamofobia. Ele disse o seguinte:
"dos meus dois filhos um se tornou muçulmano e uma das minhas duas filhas também se tornou muçulmana, eu tenho 12 netos adoráveis, sete são pequenos muçulmanos.
"O relacionamento familiar a partir desses eventos tem sido o de uma família feliz, próximo e bom como seria o desejo de todos os pais, avós e avôs.
"Eu pergunto a mim mesmo que, se fosse necessário uma melhoria no relacionamento entre grupos de diferentes religiões, uma maneira de se conseguir isso poderia ser o incentivo aos casamentos inter-religiosos".
Em 14 de julho, o caixa muçulmano de um supermercado da rede Tesco, em Londres, se recusou a vender a um cliente não-muçulmano presunto e vinho porque era Ramadã. O caixa do supermercado disse a Julie Cottle que ele não iria tocar nos produtos porque eles são proibidos pelo Islã e aconselhou-a a usar os caixas de autoatendimento. Quando Cottle reclamou com o gerente, este apoiou o direito do funcionário de recusar o atendimento, visto que se tratava do sagrado mês de Ramadã, além dele estar em jejum. A Tesco se retratou em seguida pelo incidente e declarou que "houve uma conversa" com o funcionário.
Em 18 de julho, um relatório do governo vazado para o Guardian revelou que um grupo de fundamentalistas islâmicos, a maioria de origem paquistanesa, se infiltrou na direção de pelo menos dez escolas em Birmingham, ocasionalmente infringido a lei com o objetivo de introduzir rezas muçulmanas e separação dos sexos. Suas atividades não foram barradas pelo conselho, que temia alegações de islamofobia, além de forçar professores afastados a assinarem cláusulas de amordaçamento em vez de tratar suas reclamações com seriedade como denúncias.
Em 28 de julho, o complexo do entretenimento Star City em Birmingham barrou não-muçulmanos de entrarem em um cinema por não estarem comemorando o festival islâmico de Eid. Um não-muçulmano reclamou no Facebook:
"amigos da minha família acabam de ser impedidos de entrarem no cinema VUE pelo fato de não serem muçulmanos, isso é uma desgraça chocante. Se fosse o contrário haveria um alvoroço. Dá para imaginar barrar a entrada de todos os muçulmanos na Star City por ser Natal".
Em agosto dados liberados pelo Office of National Statistics (Departamento Nacional de Estatística ONS em inglês) mostra que Maomé é o nome mais comum dado aos recém-nascidos na Grã-Bretanha em 2013. Muito embora o ONS alegue que Oliver está no topo com 6.949 meninos, na realidade Maomé está no topo se somarmos as três diferentes maneiras de se escrever o nome (Muhammad, 3.499; Mohammed, 2.887 e Mohammad, 1.059), totalizando 7.445 meninos.
Em 21 de agosto, foi descoberto que agora há mais muçulmanos britânicos lutando ao lado do Estado Islâmico do que ao lado do exército britânico.
Em 23 de agosto, o Ex-Arcebispo de Canterbury, Lord Carey, advertiu que o islamismo radical está crescendo e "pondo em xeque nosso estilo de vida, ameaçando corroer os valores que foram conquistados a duras penas no decorrer dos séculos". Ele conclamou os britânicos a "recuperarem a confiança nos valores da nossa própria nação. Já faz muito tempo que estamos constrangidos e até envergonhados da nossa identidade britânica". Acrescentando:
"ao abraçar o multiculturalismo e a ideia de que todas as culturas e crenças têm o mesmo valor, nós traímos nossas próprias tradições na maneira de darmos boas-vindas aos estrangeiros em nosso país.
"O fato é que faz muito tempo que a doutrina do multiculturalismo levou imigrantes a estabelecerem comunidades totalmente separadas em nossas cidades. Isso levou aos assassinatos em nome da honra, circuncisão genital feminina e o estabelecimento da lei da Sharia em bolsões, nos centros das cidades por todo o Reino Unido".
Em 26 de agosto, Alexis Jay, chefe de uma investigação independente em relação ao abuso sexual de crianças em Rotherham, liberou um relatório horripilante que constatou que gangues, principalmente de muçulmanos de origem paquistanesa ganharam a confiança, aterrorizaram e abusaram de pelo menos 1.400 meninas, algumas de 11 anos, em Rotherham, em um espaço de tempo de 16 anos entre 1997 e 2013.
Em 31 de agosto, o Independent on Sunday relatou que um comitê da House of Commons (Câmara dos Comuns) lançará uma investigação para saber se o governo trabalhista de Tony Blair tinha conhecimento do escândalo do abuso de crianças em Rotherham já em 2001, mas se recusou a tomar providências porque seu governo desejava apaziguar as comunidades muçulmanas.
Em 30 de agosto, uma enquete conduzida pelo Saturday Morning Live Show da BBC descobriu que 95% dos entrevistados disseram que eles acreditam que o multiculturalismo na Grã-Bretanha é um fracasso.
Em setembro, novos dados do recenseamento mostravam, pela primeira vez, que o número de crianças muçulmanas em Birmingham era maior do que o número de crianças cristãs. Das 278.623 crianças de Birmingham, 97.099 foram registradas como muçulmanas e 93.828 como cristãs. Também há 54.343 crianças registradas sem religião, mostrando a tendência do crescimento do ateísmo no país.
Em 12 de setembro, o vice-prefeito de Londres Stephen Greenhalgh avisou que crianças londrinas com menos de dez anos estão sendo "treinadas para serem jovens jihadistas", um sinal preocupante do crescimento da ameaça extremista na capital. Ele disse o seguinte:
"é terrível demais quando se ouve como algumas dessas crianças estão sendo radicalizadas. A ameaça de radicalização de jovens é real e isso constitui um problema que estará em nosso meio, não apenas por alguns anos e sim na próxima geração".
Em 5 de setembro, foi constatado que redes de radicais islâmicos estão recrutando jihadistas britânicos em mesquitas e centros de oração. Anteriormente, a maioria dos jihadistas britânicos era recrutada nas redes online. Mas uma combinação da repressão na fronteira turca e o esforço da polícia contraterrorista em derrubar as redes online fez com que o recrutamento face a face se tornasse mais importante.
Em 3 de setembro, oito muçulmanos foram acusados de abusar sexualmente de meninas de menos de 16 anos. As acusações se seguiram depois de uma série de batidas policiais envolvendo 120 policiais no Thames Valley. Em 9 de setembro, cinco muçulmanos foram a julgamento em Sheffield, acusados de traficar uma menina de 13 anos para o sexo.
Em 10 de setembro, o governo anunciou que estudantes muçulmanos receberão ofertas de empréstimos sem taxa de juros, em conformidade com a Sharia, em um esforço para que mais alunos islâmicos frequentem a universidade.
Em setembro, foi negado a um cliente, em uma filial da KFC, um lenço de papel umedecido com álcool porque poderia ofender clientes muçulmanos. Graham Noakes, 41, disse que o staff no ponto de vendas no parque da rede do retail park de São George recusou entregar a ele um lenço de papel umedecido com álcool porque isso ia contra a política halal da empresa. A equipe disse que isso se dava porque os lenços estão umedecidos com álcool e álcool é proibido segundo o Alcorão.
Em outubro, um aposentado de 75 anos foi detido acusado de "racismo" após dizer "eu não sou muçulmano" quando foi solicitado a tirar os sapatos pela segurança do Aeroporto de Stansted. Paul Griffith foi acusado de causar "problemas, alarme, assédio racial ou religioso qualificado".
Em outubro uma empresa de taxi em Rochdale, uma cidade manchada por um escândalo de abuso sexual de uma criança perpetrado por gangues muçulmanas, começou a oferecer aos clientes, motoristas "brancos" ou "locais" mediante solicitação. A ação se deu depois que dois motoristas locais de origem paquistanesa foram presos por participarem do estupro de meninas brancas.
Em 23 de outubro, a BBC informou que um memorial em homenagem a Lee Rigby, soldado britânico morto em maio de 2013 por dois muçulmanos convertidos, não levará seu nome. O Greenwich Council declarou que um mural será colocado no jardim da Capela de São George, em frente ao Woolwich Barracks onde era a base de Rigby, mas o memorial homenageará todos os soldados e soldadas que caíram servindo a pátria. O deputado local Nick Raynsford disse que um memorial para Rigby iria atrair "interesse não conveniente de extremistas (islamistas)".
Em 16 de outubro, um novo relatório mostrou que em apenas seis meses, cerca de 2.000 mulheres e meninas na Inglaterra foram tratadas pelo Serviço Nacional de Saúde após terem sido submetidas à mutilação genital feminina (FGM em inglês). Somente em setembro, 467 pacientes na Inglaterra foram identificadas como tendo sido submetidas à FGM. Os dados publicados pelo Health and Social Care Information Centre (Centro de Informações de Saúde e Assistência Social HSCIC em inglês) foram os primeiros dados oficiais a serem publicados sobre o número de casos de FGM ocorridos em hospitais na Inglaterra.
Em 30 de outubro um novo estudo constatou que a exploração sexual de crianças se tornou "a norma social" em várias regiões da Grande Manchester. O relatório, Revelações, Exploração Sexual de Crianças na Grande Manchester estima que aproximadamente 650 crianças, tidas como desaparecidas em bairros da Grande Manchester em 2014, corriam o risco de serem exploradas sexualmente ou de sofrerem graves ferimentos. Apesar de terem sido denunciados quase 13.000 casos de abuso sexual de crianças nos últimos seis anos, somente cerca 1.000 indivíduos foram condenados. A autora do relatório, Ann Coffey, Membro do Parlamento pelo Partido Trabalhista, foi criticada por não abordar o fato de que muitas gangues que abusam de crianças são formadas por muçulmanos. Ela disse que seria um "erro" focar em gangues "asiáticas" que têm como alvo meninas adolescentes.
Em 30 de outubro, uma pesquisa de opinião realizada pela Populus constatou que um em cada sete jovens britânicos "veem com bons olhos" o Estado Islâmico. Um décimo dos londrinos e um em cada doze escoceses veem de forma favorável o Estado Islâmico, mas a simpatia pelo grupo militante atinge os níveis mais altos entre os jovens com menos de 25 anos.
Em novembro, a polícia britânica frustrou uma conspiração islamista para decapitar a Rainha Elizabeth em uma cerimônia do Remembrance Day (dia dedicado à memória dos combatentes mortos durante as guerras mundiais) no Cenotaph, um monumento aos mortos em Whitehall em Londres.
No bairro londrino de Croydon, um casal de paquistaneses ameaçou matar sua própria filha se ela se recusasse a aceitar um casamento forçado, além de decapitá-la caso ela entrasse em contato com as autoridades para pedir ajuda.
Em 5 de novembro Sir Bernard Hogan-Howe, o Comissário da Polícia Metropolitana, afirmou perante uma conferência internacional sobre terrorismo que seus policiais estão se "esforçando para lidar" com a velocidade da imigração e também porque muitos dos que vêm à Grã-Bretanha falam outros idiomas e se relacionam de forma diferente com as autoridades.
Em 16 de novembro oficiais graduados da Scotland Yard aconselharam os policiais britânicos a não usarem suas fardas ao se dirigirem ou voltarem do trabalho, devido a preocupação de que extremistas islâmicos estejam planejando alvejá-los no meio da rua.
Em 10 de novembro, o The Times informou que a inteligência britânica alertou ministros do alto escalão de que a atividade terrorista é tão grande que um ataque é "praticamente inevitável" nos meses vindouros.
Em 26 de novembro o governo britânico divulgou ambiciosas medidas de contraterrorismo que, se forem aprovadas pelo parlamento, darão ao Reino Unido uns dos "poderes mais fortes do mundo" para combater o terrorismo islâmico.
Em 12 de novembro a BBC informou que o islamista britânico Abu Rumaysah não cumpriu as determinações impostas pela liberdade condicional após ser detido e acusado de terrorismo, acredita-se que ele esteja na Síria apesar de estar proibido de sair do Reino Unido. Rumaysah deixou Londres em um ônibus rumo a Paris em virtude do descuido da polícia de não confiscar seu passaporte. Em 2 de novembro o programa 60 Minutes transmitiu uma entrevista com Rumaysah, que disse o seguinte:
"em última análise, eu quero ver todas as mulheres deste país (Grã-Bretanha) cobertas da cabeça aos pés. Eu quero ver a mão do ladrão decepada. Eu quero ver o adúltero(a) apedrejado(a) até a morte. Eu quero a lei da Sharia na Europa. E eu quero vê-la nos Estados Unidos também. Acredito que nossas patrulhas (da Sharia) são o meio para atingir o fim".
Em 1 de novembro, um novo relatório da Sharia Watch UK expôs as atividades dos palestrantes nos campi das universidades britânicas. O relatório, Aprendendo a Jihad documenta como os islamistas fazem comentários antissemitas, ridicularizam as noções ocidentais sobre os direitos humanos, defendem a mutilação genital feminina e conclamam a implementação de uma série de punições rigorosas que estejam de acordo com a Sharia como o apedrejamento de adúlteros(as) até a morte.
Em 11 de novembro o novo proprietário, muçulmano, do luxuoso Hotel Bermondsey Square em Londres, proibiu, de uma hora para a outra, bebidas alcoólicas e carne suína no hotel, para que esteja "de acordo com a lei da Sharia". Acredita-se que o hotel, cujo pernoite custa £220 (US$340), é o primeiro no Reino Unido a implementar diretrizes rigorosamente muçulmanas, contudo, o staff disse que as mudanças fizeram os negócios despencarem, muitas reservas foram canceladas.
Também em 11 de novembro, foi ventilado que foi oferecido a milhares de crianças muçulmanas em escolas na região oriental de Lancashire, uma vacina à base de elementos suínos como parte de um importante programa de imunização contra a gripe. O novo spray nasal, fabricado com uma gelatina derivada de suínos, faz parte de um projeto piloto, mas líderes muçulmanos reclamam que a decisão de não oferecer nenhuma alternativa era "ultrajante", pelo fato deles considerarem o spray 'haram' ou seja pecaminoso. A Saúde Pública da Inglaterra, responsável pelo projeto, fez a seguinte declaração: "não há nenhuma alternativa adequada para a vacina baseada em elementos suínos".
Em 13 de novembro, a polícia de Manchester deteve 13 membros de uma gangue responsável pelo tráfico de seres humanos, depois que uma mulher grávida foi ludibriada a viajar para a Inglaterra antes de ser vendida para um casamento "faz de conta" segundo a lei da Sharia. A eslovaca de 20 anos, grávida de 25 semanas, foi ludibriada a voar para o aeroporto de Luton em maio, acreditando que ela iria se encontrar com sua irmã. Após se encontrar com um homem no aeroporto que dizia ser amigo da irmã, ela foi levada a um local em Oldham. Foi quando ela descobriu que tinha sido vendida para um muçulmano que pagou para a gangue £15.000 (€19.000, US$23.000) para proporcionar um casamento de mentira. A polícia disse que o propósito do casamento, que acorreu em uma cerimônia segundo a lei da Sharia em Rochdale em julho, tinha como objetivo melhorar as chances do muçulmano de não ser deportado do Reino Unido.
Em 10 de novembro, a BBC informou que a polícia de Rotherham não só ignorou como também obstruiu, diligentemente, as investigações sobre as crianças vítimas de abuso, aparentemente porque os criminosos eram muçulmanos. Em 9 de novembro o Birmingham Mail informou que a prefeitura de Birmingham "engavetou" um relatório financiado pelo governo, politicamente incorreto, que revelou a exploração sexual de meninas brancas por muçulmanos. A autora do relatório, Jill Jesson, disse ao jornal que o relatório nunca foi publicado e que todas as cópias iriam ser destruídas. Ela disse:
"fui encarregada para o serviço porque, acredito eu, eles achavam que eu seria objetiva", segundo ela. "Disseram para que eu revelasse o que eu tinha visto. Foi o que eu fiz, teve gente que não gostou.
"Sempre que aparece alguma coisa no noticiário sobre abuso sexual de meninas e de meninas em instituições de caridade, e também a ligação disso com motoristas particulares, me vem à mente, eu os avisei sobre isso em 1991 mas eles não quiseram reconhecer. Acredito que o problema foi piorando, cada vez mais, com o passar do tempo".
Em 24 de novembro, a Law Society retirou diretrizes polêmicas para advogados sobre como esboçar testamentos que estejam "em conformidade com a lei da Sharia" por haver queixas que eles estavam incentivando a discriminação contra mulheres e não-muçulmanos. As diretrizes aconselhavam os advogados sobre a maneira de redigir testamentos de modo que sejam reconhecidos pelos tribunais da Inglaterra e do País de Gales. Eles especificam princípios cujo propósito é negar às mulheres partes iguais nas heranças e ao mesmo tempo excluir completamente os infiéis.
Em dezembro, um apresentador de rádio do programa Feedback da BBC Radio 4, Roger Bolton, escreveu um artigo para o Radio Times, uma revista semanal, no qual ele alerta que professores de escolas britânicas, estavam com medo de darem aulas sobre o cristianismo aos seus alunos, por medo de ofenderem os muçulmanos. Bolton disse que isso estava criando uma geração de jovens britânicos ignorantes a respeito da cultura cristã e seu papel na história britânica. Ele citou um estudo onde constatou que um quarto das crianças britânicas mostrava que elas nunca tinham lido, visto ou ouvido falar da Arca de Noé, que uma proporção semelhante nunca tinha ouvido falar da Natividade, que 43% nunca tinham ouvido falar sobre a Crucificação de Jesus Cristo e que 53% nunca leram, viram ou ouviram falar sobre José e sua túnica de várias cores.
Em 10 de dezembro, um novo relatório, conduzido por um grupo de direitos humanos, expôs a vulnerabilidade das mulheres muçulmanas que vivem nos "casamentos" islâmicos no Reino Unido. O relatório, Direitos Iguais e Livres? As Experiências no Casamento de 50 mulheres muçulmanas na Grã-Bretanha hoje, constatou que a prática amplamente difundida da poligamia deixa as mulheres muçulmanas sem direitos legais em relação ao "divórcio", por serem totalmente dependentes de seus "maridos" quanto ao sustento financeiro e são frequentemente incapazes de deixarem os "casamentos" de fachada por medo do ostracismo social ou de "envergonhar" a própria família.
Em 11 de dezembro a House of Lords (Câmara dos Lordes) manteve discussões sobre a mutilação genital feminina (FGM em inglês) e o "impacto da lei da Sharia no Reino Unido". Lorde Faulks, Ministro de Estado da Justiça Civil e Política Legal, citou uma pesquisa onde "revelou que aproximadamente 60.000 meninas correm o risco de sofrerem a FGM no Reino Unido". No debate descrito abaixo, a Baronesa Cox afirmou: "o estabelecimento de tribunais ou conselhos da Sharia nesse país vem promovendo a aplicação de disposições discriminatórias quanto ao sexo sob aspectos que, a esta altura, estão causando sofrimento considerável a muitas mulheres". Ela também perguntou porque "se permite o crescimento da poligamia" na Grã-Bretanha mesmo a bigamia sendo ilegal.
E por último, dezembro viu o lançamento da "Boneca Deeni", sem face (deeni em árabe significa "fé") enfeitada com a tradicional hijab, sem nariz, nem boca, nem olhos, em respeito às determinações religiosas em relação à representação das características faciais. O brinquedo, que está à venda por £25 (US$40), foi desenvolvido por uma ex-professora de uma escola muçulmana em Lancashire. Ela disse:
"tive a ideia partindo do zero, após conversar com alguns pais que estavam um tanto preocupados com as feições faciais das bonecas. Há pais que não irão deixar a boneca com os filhos(as) à noite porque não é permitido haver olhos no quarto. Há um mandamento islâmico que proíbe a representação de características faciais de qualquer natureza, inclusive retratos, esculturas e, nesse caso, bonecas".
Soeren Kern é colaborador sênior do Gatestone Institute sediado em Nova Iorque. Ele também é colaborador sênior do European Politics do Grupo de Estudios Estratégicos / Strategic Studies Group sediado em Madri. Siga-o no Facebook e no Twitter.