O brutal estupro coletivo de uma mulher, cometido por três candidatos a asilo do Afeganistão no centro de Viena em 22 de abril, chocou a população austríaca e chamou a atenção para a escalada de estupros, abusos sexuais envolvendo migrantes e outros crimes ao redor do país.
A onda de crimes envolvendo migrantes cresce à medida que o Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ) decola nas pesquisas de opinião. Norbert Hofer, o candidato do partido, venceu o primeiro turno das eleições presidenciais da Áustria em 24 de abril e está a caminho de conquistar a presidência no segundo turno marcado para 22 de maio.
Os três afegãos — dois de 16 anos e um de 17 — seguiram a mulher, de 21anos, estudante de intercâmbio, entraram atrás dela em uma toalete pública na estação de trens de Praterstern, um dos principais terminais de transportes de Viena. Um dos migrantes a imobilizou enquanto os outros dois a estupravam.
Uma pessoa que estava de passagem chamou a polícia quando ouviu a mulher gritando. Quando os policiais chegaram, os estupradores já tinham fugido. Os suspeitos, que foram detidos ao tentarem fugir da estação, não falavam alemão. Por meio de um intérprete, os migrantes disseram à polícia que estavam bêbados e não se lembravam de terem cometido o crime.
Caso sejam condenados poderão ser sentenciados à pena máxima de sete anos de prisão. Devido à natureza tolerante do sistema jurídico austríaco, eles poderão acabar ficando apenas dois anos atrás das grades, de acordo com observadores locais.
Também é improvável que os migrantes venham a ser deportados: segundo a lei européia, enviá-los de volta ao Afeganistão seria uma violação de seus direitos humanos. Em vez disso, ressaltam os observadores, os afegãos estarão qualificados a receber os benefícios do sistema de bem-estar social austríaco — €830 (US$950) por mês mais assistência médica — e provavelmente se tornarão beneficiários do estado austríaco para o resto de suas vidas.
O ataque em Praterstern é mais um que faz parte do crescente número de crimes sexuais envolvendo migrantes que estão ocorrendo na Áustria (outros estupros e abusos sexuais cometidos por migrantes estão incluídos no apêndice abaixo):
Um candidato a asilo de 20 anos de idade, do Iraque, confessou ter estuprado um menino de dez anos em uma piscina pública em Viena. O iraquiano alegou que se tratava de uma "emergência sexual" resultante de "excesso de energia sexual". O homem, que deixou a esposa e um filho no Iraque, disse que era incapaz de controlar sua libido porque não tinha tido relações sexuais desde que chegou na Áustria em setembro.
Um candidato a asilo de 18 anos do Afeganistão foi sentenciado a 20 meses de prisão por estuprar uma idosa de 72 anos de idade em Traiskirchen. "Primeiro ele espancou a idosa deixando-a coberta de hematomas, em seguida a estuprou e depois ainda arrancou suas roupas íntimas para guardar como troféu", segundo a polícia local. Fora a sentença leve, o homem poderá permanecer na Áustria e, após deixar a prisão, receber os benefícios do sistema de bem-estar social.
Um candidato a asilo de 20 anos de idade do Afeganistão foi detido depois de coagir uma menina de 13 anos da cidade de Korneuburg a se relacionar sexualmente com ele repetidas vezes. O homem que residia em um abrigo para asilados em Hollabrunn, entrou em contato com a menina pela primeira vez via Internet. Toda vez que eles se encontravam pessoalmente ele a ameaçava verbalmente até que ela concordou em fazer sexo com ele. O homem foi preso depois que a menina contou aos seus pais sobre o relacionamento, que estava acontecendo há mais de três meses.
Turbas de migrantes árabes atacaram sexualmente dezenas de mulheres em Viena, Salzburgo e Innsbruck na Passagem do Ano Novo. Os ataques sexuais, conhecidos em árabe como taharrush ("assédio"), foram semelhantes àqueles perpetrados naquele mesmo dia por migrantes do Norte da África em Colônia, Alemanha e em outras cidades. Inicialmente a polícia negou que os ataques tinham ocorrido, mas depois admitiram que estavam mentindo para proteger a privacidade das vítimas.
Aqueles que ousam vincular a escalada vertiginosa da criminalidade à migração muçulmana em massa estão sendo silenciados pelos guardiões do multiculturalismo austríaco.
Em abril, por exemplo, o Conselho da Imprensa Austríaca (Presserat) — um grupo que pressiona pelo "código de ética" politicamente correto para assegurar que os veículos de mídia austríacos cumpram o regulamento do multiculturalismo sancionado pelo estado — censurou a revista Falter, com viés de esquerda por "total discriminação" contra os muçulmanos.
Os editores da revista — apesar de serem fiéis proponentes do multiculturalismo europeu — parecem estar fartos de migrantes que estupram enquanto passeiam pela Europa, praticamente impunes. Na edição de janeiro/fevereiro de 2016, a capa da Falter destacava uma charge em branco e preto de mulheres européias de "pele clara" cercadas por um grande número de árabes do sexo masculino de "pele escura". A charge evocava imagens dos ataques taharrush na cidade de Colônia.
Em uma "decisão" de três páginas, o Presserat deliberou que a imagem violava o "código de ética" porque ela representava a "total difamação e discriminação" contra os homens árabes:
"Todos os homens são retratados com a mesma expressão facial selvagem, cabelos escuros e sobrancelhas notadamente escuras. Dessa maneira — no contexto dos ataques em Colônia — o artista constrói um protótipo dos homens do Norte da África, ou seja: do mundo árabe. A uniformidade da imagem sugere que, ao invés de retratar pessoas, ela pinta um grupo homogêneo em que todos os membros se comportam da mesma maneira.
"Por conseguinte, os leitores poderiam ficar com a impressão que os ataques sexuais em Colônia não foram atos de pessoas individualmente ou de grupos de pessoas e sim que esta conduta é típica dos homens do Norte da África, ou seja: do mundo árabe. A imagem poderia deixar a impressão de que todos os homens do Norte da África, que estão aqui na Europa, não se comportam corretamente em relação às mulheres".
Os editores da Falter se defenderam destas acusações de racismo:
"A verdade nua e crua é que os norte-africanos foram, em grande medida, os responsáveis pelos ataques em Colônia. Foi isso que aconteceu e nós temos que ter permissão de representá-los dessa maneira".
Viena é o epicentro do crime relacionado aos migrantes na Áustria. De acordo com os levantamentos compilados pelo Ministério do Interior da Áustria, cerca de um em cada três candidatos a asilo em Viena foi acusado de cometer crimes em 2015. Dos cerca de 21.000 candidatos a asilo oficialmente aprovados na capital, 6.503 são conhecidos por terem cometido crimes em 2015, um salto de cerca de 50% em relação a 2014. Os dados mostram que 2.270 dos criminosos tinham menos de 20 anos, um salto de 72% em relação a 2014. Entre eles havia sete com menos de nove anos de idade e 31 com menos de 13.
De acordo com o Chefe de Polícia de Viena Gerhard Pürstl, as gangues norte-africanas que disputam o controle do tráfico de drogas foram responsáveis, a grosso modo, pela metade dos 15.828 crimes violentos— estupros, roubos, facadas e ataques — reportados na cidade durante o ano de 2015.
O entorno da estação de Praterstern, onde a estudante de intercâmbio foi estuprada, foi invadido por migrantes vadios do Afeganistão e do Norte da África que vendem drogas, brigam por território e atacam mulheres que passam por lá. Policiais foram enviados àquela região 6.265 vezes em 2015 ou seja: uma média de 17 vezes ao dia, de acordo com a mídia local. As autoridades locais, ao que tudo indica, são incapazes ou relutam em restabelecer a ordem naquela região.
O chefe do Sindicato da Polícia da Áustria Hermann Greylinger calcula que Viena necessita de cerca de mais 1.200 policiais para restabelecer a ordem na capital:
"Ao permitirmos a entrada em nosso país de mais 111.000 migrantes, poucos dos quais tiveram seus backgrounds checados, fica óbvio que a polícia precisa ser massivamente incrementada. Quase todos os requerentes a asilo estão se mudando para Viena. Já temos mais migrantes do que a população da cidade de Salzburgo, a quarta maior cidade da Áustria".
O problema da criminalidade envolvendo migrantes na Áustria está aumentando drasticamente devido a um sistema de justiça criminal extremamente tolerante. Em 4 de maio, por exemplo, um migrante de 21 anos de idade do Quênia assassinou a esmo uma mulher de 54 anos em uma rua movimentada de Viena ao golpeá-la na cabeça com uma barra de ferro. Mais tarde veio à tona que o queniano era um velho conhecido da polícia da cidade: ele cometeu pelo menos 18 crimes desde que chegou à Áustria em 2008 –– incluindo tráfico de drogas, ataques a policiais e golpes na cabeça de alguém com uma barra de ferro –– mas ele foi recorrentemente posto em liberdade.
Dado o crescimento da insegurança, não causa surpresa que os eleitores austríacos queiram uma mudança na direção da política.
No que se pode resumir em um terremoto político, o candidato do Partido da Liberdade (FPÖ) Norbert Hofer conquistou 36% dos votos no primeiro turno da eleição presidencial da Áustria realizado em 24 de abril. Hofer — cuja campanha é calçada na plataforma que impõe limites rígidos e regras duras para os candidatos a asilo — derrotou os demais candidatos, incluindo os dos dois partidos da situação, os Sociais Democratas e o Partido Popular da Áustria, que dominavam a política austríaca desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Hofer afirma que se for eleito presidente será o "protetor da Áustria", está a caminho de derrotar Alexander Van der Bellen do Partido Verde, um economista de 72 anos que é contra a limitação da imigração, no segundo turno marcado para 22 de maio.
A ascensão meteórica de Hofe está chamando a atenção dos partidos tradicionais. Em 27 de abril, apenas três dias após a vitória eleitoral de Hofer, o parlamento austríaco adotou o que pode se tornar uma das leis de asilo mais duras da Europa.
Conforme a nova lei, a Áustria irá declarar "estado de emergência" em relação à crise migratória. Isso permitirá às autoridades austríacas avaliarem os pedidos de asilo já na fronteira. Apenas os candidatos a asilo que já tiverem familiares próximos na Áustria ou aqueles que puderem provar que estão em perigo nos países vizinhos utilizados como passagem, terão permissão para entrar no país. Os demais migrantes serão enviados de volta. A nova lei, uma vez aprovada, limita o pedido de asilo por até três anos.
O Ministro do Interior Wolfgang Sobotka disse que a nova lei é necessária para deter o fluxo de migrantes e refugiados: "não temos condições de carregar nas costas o fardo do mundo inteiro".
A Áustria recebeu 90.000 candidatos a asilo em 2015, o que a coloca em segundo lugar, per capita, em número de ingressos na União Européia, mas isso não é nada se comparado ao que está por vir. A Áustria recebeu 90.000 candidatos a asilo em 2015, o que a coloca em segundo lugar, per capita, em número de ingressos na União Européia, mas isso não é nada se comparado ao que está por vir.
Soeren Kern é colaborador sênior do Gatestone Institute sediado em Nova Iorque. Ele também é colaborador sênior do European Politics do Grupo de Estudios Estratégicos / Strategic Studies Group sediado em Madri. Siga-o no Facebook e no Twitter. Seu primeiro livro, Global Fire, estará nas livrarias em 2016.
Apêndice
Estupros e Ataques Sexuais Cometidos por Migrantes na Áustria, de Janeiro a Abril de 2016.
O Gatestone Institute já reportou sobre a epidemia de estupros na Alemanha e Suécia. O problema já se espalhou para a Áustria. Abaixo estão alguns casos dos primeiros quatro meses de 2016:
29 de abril. Um migrante de 35 anos da Argélia tentou estuprar uma mulher em um ponto de ônibus em Linz. O homem espancou a mulher até ela perder os sentidos, mas antes ela conseguiu quebrar o nariz dele. Ele foi detido quando foi a um hospital local em busca de assistência médica. Mais tarde ficou-se sabendo que o argelino tinha uma longa ficha criminal, incluindo outras tentativas de estupro, no entanto não pôde ser deportado porque a Argélia não o quer de volta.
Em 25 de abril, o Kronen Zeitung, o maior jornal da Áustria, denunciou que um "homem de aparência árabe" tentou estuprar uma mulher de 27 anos em um ponto de ônibus em Viena. "Ele só sabia falar sexo, sexo, sexo", segundo a mulher. O homem tirou um preservativo do bolso e logo abaixou a calça. "Eu gritei o máximo que pude", disse a mulher, "até o homem fugir". Ela disse que a polícia municipal não deu a mínima para o caso dela: "sequer quis saber meu nome". Depois que a mídia local denunciou o caso, a polícia emitiu um pedido de desculpas e jogou a culpa da falha em não levá-la a sério em um "lamentável mal-entendido".
24 de abril. Um migrante não identificado estuprou uma mulher de 19 anos em Eisenstadt.
22 de abril. Três candidatos a asilo do Afeganistão estupraram uma mulher de 21 anos em uma estação de trens em Viena.
22 de abril. Um candidato a asilo de 17 anos do Afeganistão tentou estuprar uma mulher de 20 anos em Graz.
21 de abril. Um candidato a asilo de 17 anos do Afeganistão atacou sexualmente uma mulher de 19 anos em um trem em Grieskirchen. O condutor do trem interveio ao ouvir a mulher gritando. O afegão disse à polícia que a mulher estava mentindo e exigiu um pedido de desculpas.
20 de abril. Dois migrantes norte-africanos atacaram sexualmente uma mulher em frente a estação de trens em Salzburgo. Um homem de 26 anos passava pelo local e tentou intervir, foi quando os migrantes o atacaram com socos, chutes e pontapés com tal violência que ele teve que se levado às pressas para o hospital mais próximo. Um dos agressores é um candidato a asilo de 31 anos do Marrocos. O outro suspeito continua foragido.
15 de abril. Um migrante de 42 anos da Eslovênia foi detido por tentar atacar sexualmente uma mulher de 18 anos em Leibnitz.
13 de abril. Um homem de "aparência árabe" atacou sexualmente três mulheres em um ponto de ônibus em Viena.
24 de março. Dois migrantes afegãos foram detidos por terem estuprado uma mulher de 20 anos em Wels.
21 de março. Um migrante do Norte da África atacou uma mulher de 27 anos em um trem de metrô lotado em Viena. O homem começou a tocar nas mãos da mulher. Quando ela se levantou para procurar outro assento, o homem a agarrou e começou a beijá-la na boca. A polícia disse à mulher que não podia fazer nada porque beijar não constitui ataque sexual.
12 de março. Um candidato a asilo de 16 anos da Líbia tentou sequestrar e estuprar duas mulheres em Viena. Após os três se conhecerem em um trem de metrô, o líbio prometeu levá-las a uma boate. No entanto ele as levou a um aposento onde tentou trancá-las no porão e estuprá-las. Uma das mulheres conseguiu escapar e chamou a polícia.
8 de março. Um candidato a asilo de 20 anos do Afeganistão foi avistado apontando para o seu órgão genital na frente de uma menina de sete anos em uma piscina pública em Viena. O diretor da piscina e um professor de natação seguraram o homem até a chegada da polícia. Os policiais o deixaram ir embora.
6 de março. Um homem de "aparência estrangeira" atacou sexualmente uma mulher de 37 anos em uma piscina pública em Klagenfurt assim que ela interveio para impedir que ele molestasse seu filho de quatro anos de idade.
25 de fevereiro. Um "sulista" atacou sexualmente duas adolescentes em um shopping center em Innsbruck.
22 de fevereiro. Um migrante de 18 anos do Afeganistão foi detido por ter estuprado uma mulher de 52 anos em Innsbruck.
14 de fevereiro. Seis migrantes atacaram sexualmente uma mulher de 49 anos em um metrô em Viena. Dois deles, um candidato a asilo de 18 anos do Afeganistão e outro também candidato a asilo de 23 anos do Iraque, foram detidos ao tentarem sair da estação. Os outros quatro continuam foragidos.
11 de fevereiro. Um migrante de 33 anos do Irã se masturbou na frente de frequentadoras em uma piscina pública em Linz.
8 de fevereiro. Um migrante de 22 anos da Macedônia identificado apenas como Ibrahim J. foi detido em Viena por atacar sexualmente mais de 20 mulheres em Viena e em outras partes da Áustria. Entre outros crimes, o homem foi acusado de estuprar uma menina de 15 anos.
6 de fevereiro. Um grupo de 28 candidatos a asilo do sexo masculino assediaram sexualmente as frequentadoras de um ringue de patinação no gelo ao ar livre em Stockerau. Em seguida os migrantes atacaram os seguranças que tentaram intervir. Foi necessária a presença de policiais para que a ordem fosse restabelecida.
4 de fevereiro. Seis "sulistas" atacaram uma mulher de 53 anos em frente a uma mercearia em Spittal porque ela se recusou a dar-lhes dinheiro.
3 de fevereiro. Três migrantes atacaram sexualmente uma menina de 16 anos em um ponto de bonde em Leonding. Um dos migrantes a imobilizou enquanto os outros dois a agrediam.
26 de janeiro. Um candidato a asilo de 24 anos de Gâmbia estuprou e assassinou uma americana de 25 anos em Viena. A mulher do Colorado, que trabalhava como babá dava abrigo a Abdou I. em seu apartamento. Ele tinha fugido do abrigo para asilados porque seu pedido de asilo tinha sido negado e ele temia ser deportado. Após o assassinato, o homem fugiu para a Suíça, onde foi detido pois a polícia rastreou seu celular. Mais tarde veio à tona que ele estava sendo procurado na Alemanha por ter atacado sexualmente uma menina menor de idade.
23 de janeiro. Um migrante da Macedônia tentou estuprar uma mulher de 21 anos em Viena. O homem fez contato visual com a mulher em um metrô e a seguiu depois que ela saiu do trem.
16 de janeiro. Um candidato a asilo de 21 anos do Afeganistão estuprou uma mulher de 18 anos no Prater, um enorme parque público em Viena.
10 janeiro. Um candidato a asilo de 29 anos do Afeganistão tentou molestar um menino de seis anos em uma piscina pública em Linz. A mãe do menino disse: "eu percebi que seis migrantes entraram no edifício. Dois deles sentaram na ponta da piscina reservada para as crianças. Um deles começou a estimular seu órgão genital enquanto flertava com o meu caçula".
1º de janeiro. Turbas de homens árabes atacaram sexualmente pelo menos 24 mulheres em Viena, Salzburgo e Innsbruck.