No início da semana, Timon Dias escreveu nessas páginas que as autoridades holandesas determinaram que os soldados holandeses não usem suas fardas quando estiverem fazendo uso de transporte público a caminho do quartel. No entanto os holandeses não são os únicos covardes no Ocidente. Infelizmente, a Holanda não é o único país que, por temer ataques de extremistas muçulmanos, orientou suas forças armadas a não mais usarem suas fardas em público. Aparentemente Austrália, Bélgica, Grã-Bretanha e França fizeram o mesmo.
Segundo o artigo de Dias, a ordem dada na Holanda foi uma reação à ameaça feita por um jihadista holandês conhecido como Muhajiri Shaam, que está no momento lutando na Síria com o al-Nusra, braço sírio da al-Qaeda. Depois da Holanda anunciar que caças holandeses F-16 irão participar na ofensiva aliada contra o EIIS no Iraque, Shaam tuitou que a população holandesa havia se tornado alvo dos jihadistas.
Na Bélgica, país que também enviou caças F-16 para participar nos ataques contra o EIIS, seus soldados também foram instruídos a não usarem suas fardas quando estiverem fazendo uso do sistema de transporte público belga. Segundo o General Tom Middendorp, chefe do comando militar holandês, autoridades britânicas e francesas emitiram recomendações semelhantes. Em maio de 2013, quando ocorreu o assassinato de Lee Rigby, soldado britânico assassinado a machadadas por dois muçulmanos em frente ao seu quartel em Londres, os comandantes militares britânicos já tinham determinado às tropas, para que não usassem suas fardas fora de suas respectivas bases.
Dá a impressão que os europeus estão apavorados com a presença, em seu solo, de jihadistas focando alvejar suas forças armadas. O ataque no último mês de setembro a um oficial uniformizado da marinha australiana reforçou esses temores. Logo depois do ataque em Sydney, os comandantes da defesa australiana também emitiram um aviso, aconselhando os militares a não usarem uniformes quando estiverem de folga.
O resultado é que os militares na Austrália e na Europa estão se comportando como fracotes. Se não é mais seguro para soldados utilizarem trens ou ônibus na ida ao trabalho, com certeza também não é seguro para o cidadão comum. Os jihadistas também estão ameaçando matar cidadãos comuns.
Corajosos hoje, fracotes amanhã? Três marinheiros da marinha australiana receberam uma Condecoração por Bravura, em 10 de maio de 2012. (imagem da: Royal Australian Navy) |
Há três semanas, o porta-voz do EIIS, Mohammed al-Adnani conclamou os jihadistas ao redor do mundo a assassinarem cidadãos de países ocidentais que façam parte da coalizão internacional que está combatendo o EIIS no Iraque e na Síria. "A melhor coisa a fazer é se esforçar e matar todo e qualquer infiel, seja ele francês, americano ou qualquer um de seus aliados. ... Arrebente a cabeça dele com uma pedra, assassine-o com uma faca ou atropele-o com um carro, empurre-o de um lugar bem alto, asfixie-o ou envenene-o", disse al-Adnani.
O que farão as autoridades acovardadas na Holanda, Bélica, França, Grã-Bretanha e Austrália quando os terroristas assassinarem a esmo o primeiro cidadão nas ruas de seus países? Orientá-los a se cobrirem em hijabs quando mulheres ou crescerem as barbas e vestirem djellabas quando homens?
Em vez de instruir seus soldados a se esconderem, os governos do Ocidente deveriam instruí-los a ficarem bem visíveis para que fique bem claro aos jihadistas e aos cidadãos amedrontados, que nós no Ocidente não temos medo de terroristas. Muito pelo contrário, nós iremos erradicá-los, iremos atrás deles com todo poderio militar.