A França agora é um país onde críticas ao islamismo são sistematicamente banidas da grande mídia e onde qualquer sentença negativa sobre a religião muçulmana acarreta em multas, indenizações e censura.
Além disso, a França é um país onde as assim chamadas organizações "antirracistas", fortemente subsidiadas pelo governo, combatem na maioria dos casos somente um tipo de "racismo": A "islamofobia".
Palavras como "islamismo" ou "islamismo radical" desapareceram do vocabulário de jornalistas e políticos, sendo substituídas por palavras nebulosas: "radicalismo" e "extremismo".
Parece que as únicas pessoas com direito de falar livremente sobre o Islã para grandes platéias são aquelas que o descrevem como uma religião de paz e amor.
Tomemos por exemplo o caso recente de Christine Tasin, fundadora da Riposte Laïque (Resposta Secular).
Ela foi a Belfort, em 15 de outubro de 2013, para fazer um vídeo de notícias sobre um abatedouro temporário instalado para o dia em que se comemora o feriado muçulmano de Eid El Adha, no qual é celebrada a lealdade de Ibrahim a Alá na oferenda de sacrifício de seu único filho. Assim que ela chegou ao abatedouro, o responsável pediu que ela fosse embora. Ele também a chamou de "racista islamofóbica". Ela respondeu dizendo que ela era sim, na realidade, islamofóbica, mas não racista e que o "Islã é lixo". A troca de ofensas foi filmada. Associações muçulmanas apresentaram queixa contra ela.
Em 9 de agosto de 2014, o tribunal declarou Tasin culpada de fazer "declarações passíveis de provocarem a rejeição dos muçulmanos" sendo sentenciada a pagar a pesada multa de 3.000 euros (US$3.700).
Tasin respondeu dizendo que o tribunal agiu como se fosse um "tribunal islâmico" e que estava mostrando "submissão à Sharia." Ela recorreu da sentença. O julgamento do recurso, entregue em 18 de dezembro, constituiu um repúdio do primeiro julgamento: todas as acusações contra Christine Tasin foram retiradas.
No mesmo dia, uma ação contra Marine Le Pen, presidente do partido populista Frente Nacional, em relação as declarações por ela proferidas em 2010 sobre a "ocupação" da rua por orações muçulmanas ilegais, também foi retirada.
Alguns podem achar que essas duas decisões representam sinais animadores, mostrando que a justiça francesa não está totalmente amordaçada e que alguns juízes ainda mantêm um espírito independente.
No entanto, uma abordagem mais ampla preconiza o uso de cautela. Em meses anteriores, muitos franceses que criticaram publicamente o islamismo e suas consequências foram condenados a penas pesadas pelo sistema de justiça da França:
Em 5 de junho, Pierre Cassen e Pascal Hillout, dois membros da Riposte Laïque, foram sentenciados a pagarem multas extremamente pesadas, de 21.200 euros (US$26.000), por terem escrito que "orações de rua, véus e mesquitas" são "símbolos de ocupação e conquista".
Em 10 de abril, o autor Renaud Camus foi multado em 4.000 euros (US$5.000) por ter dito, em 2010, que a cultura muçulmana estava gradativamente "substituindo" a cultura francesa.
Três anos antes, em fevereiro de 2011, o jornalista político e escritor Eric Zemmour foi sentenciado a pagar uma multa de 1.000 euros (US$1.250) além do pagamento de 10.000 euros (U$12.500) a diversas associações e sociedades. Ele disse, em um programa de entrevistas, que "a maioria dos traficantes de drogas na França são negros e muçulmanos árabes". Os juízes consideraram que se tratava de "incitamento à discriminação racial".
Zemmour enfrenta, no momento, uma avalanche da mídia por conta de uma entrevista concedida ao jornal italiano Corriere della Sera, na qual ele afirma que "os muçulmanos têm seu próprio código civil, o Alcorão" e que eles residem "em regiões que os franceses estão gradativamente abandonando". Ele acrescentou que a França está diante do "perigo do caos e da guerra civil", e que deveriam ir embora. No artigo, o jornalista italiano usou a palavra "deportar". Zemmour não usou a palavra, mas no entanto, ele foi acusado de tê-la usado.
Milhares de queixas foram apresentadas contra ele. As principais organizações francesas "antirracistas" solicitaram aos seus superiores que o demitissem. Uma delas, a I-television (canal TV de notícias 24 horas), o demitiu imediatamente.
O ministro do interior francês, Bernard Cazeneuve, convocou manifestações de rua contra Zemmour. É a primeira vez na história da França moderna que um ministro do interior convoca publicamente manifestações de rua contra um jornalista.
Diante de incessantes queixas e ataques, Riposte Laïque decidiu em março de 2013 transferir suas operações e seu Website para a Suíça, onde as leis são menos rigorosas e onde os juízes são menos politizados do que na França.
Não obstante, a França é o país em que nasceram e foram criados os dois criminosos dos piores ataques terroristas antissemitas cometidos em nome do islamismo radical em solo europeu: Mohamed Merah, assassino de três crianças judias e de um rabino em Toulouse em março de 2012 e Mehdi Nemmouche, o assassino de quatro pessoas no Museu Judaico em Bruxelas em maio de 2014.
A França também é o principal fornecedor europeu de recrutas jihadistas para o Estado Islâmico. Mais de 1.000 cidadãos franceses estão lutando na Síria e no Iraque. Dois deles foram vistos em um vídeo de decapitação.
Pesquisas de opinião mostram que, um número cada vez maior de franceses, estão preocupados com o aumento proporcional de muçulmanos não integrados no país, a interminável expansão de zonas proibidas, o crescente número de convertidos ao islamismo e a "substituição" do povo francês.
Christine Tasin, Pierre Cassen, Pascal Hillout, Renaud Camus e Eric Zemmour afirmam em voz alta o que milhares pensam sem ousarem falar.
Molestamento judicial exacerba a frustração e leva muitos a acreditarem que a grande mídia e os líderes dos maiores partidos mentem sobre os fatos e escondem a verdade.
A Frente Nacional é agora o partido político mais importante da França. Marine Le Pen já está liderando as pesquisas de opinião para a eleição presidencial de 2017. É improvável que ela seja eleita, mas não é mais impossível. O "perigo do caos e da guerra civil", evocado por Eric Zemmour, está aumentando cada vez mais.
Em 20 de dezembro, Bertrand "Bilal" Nzohabonayo, entrou em uma delegacia de polícia em Joué-les-Tours no Vale Loire, e aos gritos de "Allahu Akbar" ("Alá é o Maior"), esfaqueou três policiais. Mais tarde ele foi baleado e morreu. A polícia e a mídia disseram imediatamente que não se tratava de um islamista e sim de um "doente mental", embora admitissem, mais tarde, que ele parecia ser ativista do Estado Islâmico.
Em 21 de dezembro, outro homem (nenhuma palavra até agora sobre sua identidade), também aos gritos de "Allahu Akbar", lançou seu automóvel em cima de uma multidão em Dijon, sendo depois capturado pela polícia. A polícia e a mídia também disseram que se tratava de um "doente mental", mas admitiram que a família dele tinha laços com o Norte da África.
Em 22 de dezembro, um terceiro homem, também aos gritos de "Allahu Akbar" arremessou seu carro em cima de um mercado para compras de Natal em Nantes. Em seguida ele se apunhalou e está hospitalizado. A polícia e a mídia disseram que se tratava de um "doente mental". Ele será enviado para um hospício.
Ninguém sabe quantos "doentes mentais" estão prontos para atacar e gritar "Allahu Akbar" na França. Sindicatos de polícia disseram que se muitos "doentes mentais" decidirem agir, a polícia não será capaz de proteger a população. Ela acrescentou que não há sequer policiais suficientes para protegerem os policiais que poderão ser atacados.
"Doentes mentais", berrando "Allahu Akbar", estão atacando a França.
O primeiro-ministro francês Manuel Valls disse, "nunca enfrentamos um perigo dessa natureza". Ele não definiu o perigo. Ele decidiu enviar mil soldados para patrulharem as ruas. Ele não disse se eles deviam combater doenças mentais.
Em 23 de dezembro, um quarto homem gritando "Allahu Akbar" foi detido por "comportamento violento" na cidade de Le Mans. Ele foi encaminhado diretamente a um psiquiatra, é claro. Ele é um "doente mental". Autoridades dizem, estranhamente, que ele pode ser "contagioso".
Publicado com a iniciativa do Legal Project do Middle East Forum.