"A Mesquita de Al-Aqsa e a Igreja do Santo Sepulcro são nossas. É tudo nosso e eles (judeus) não têm o direito de profaná-las com seus pés imundos. Nós abençoamos cada gota de sangue derramada por Jerusalém. Este é sangue limpo e puro, sangue derramado em nome de Alá. Cada mártir alcançará o paraíso e todos os feridos serão recompensados por Alá." — Mahmoud Abbas, Presidente da Autoridade Nacional Palestina. (Imagem: MEMRI) |
Os palestinos foram de novo pegos mentindo para o mundo ao comunicarem que os judeus estão "profanando" os locais sagrados islâmicos, em particular a Mesquita Al-Aqsa em Jerusalém.
Se alguém está profanando a mesquita e outros lugares sagrados são os próprios palestinos.
Em 2002, terroristas palestinos invadiram a Igreja da Natividade em Belém, a reação da comunidade cristã internacional foi o silêncio. Os terroristas permaneceram no interior da igreja durante 39 dias e deixaram para atrás um rastro de cobertores e colchões imundos, isqueiros e pontas de cigarro e "fedor de matéria fecal." Um padre reclamou que os terroristas também profanaram a igreja fumando e bebendo bebidas alcoólicas.
Na manhã de sexta-feira, 15 de abril, centenas de "fiéis" palestinos levantaram barricadas no interior da Mesquita de Al-Aqsa e entraram em choque com policiais israelenses.
Os baderneiros, armados com pedras, barras de ferro e fogos de artifício, chegaram na mesquita no alvorecer e foram vistos carregando pedras para dentro da mesquita, bloqueando o portão principal com barreiras de ferro e madeira.
Os "fiéis" chegaram à mesquita porque seus líderes mentiram para eles, disseram falsamente que os judeus estavam planejando "invadir" a mesquita e "profanar" os pátios.
Logo que os baderneiros entraram no complexo da mesquita no Monte do Templo e antes de entrar em choque com a polícia, eles levantaram bandeiras e cartazes do Hamas, grupo palestino considerado organização terrorista pelos EUA, União Europeia, Canadá, Austrália, Japão e outros países.
Aparentemente os palestinos não consideram trazer pedras, barras de ferro e outras armas leves para o interior de uma mesquita um ato de profanação.
Aparentemente os palestinos não consideram içar as bandeiras e cartazes de uma organização terrorista no interior de um lugar sagrado um ato de profanação.
Aparentemente os palestinos não consideram um ato de profanação atirar pedras e garrafas de vidro nas pessoas no vizinho Muro das Lamentações, lugar mais sagrado do mundo para o judeus onde eles fazem suas orações.
Aparentemente os palestinos não consideram atirar pedras e fogos de artifício em policiais no complexo da mesquita um ato de profanação.
Os tumultos iniciados pelos palestinos no Monte do Templo em 15 de abril foram totalmente gratuitos. A violência eclodiu depois que líderes e grupos palestinos falsamente afirmaram que "extremistas judeus" estavam planejando realizar um ritual de sacrifício de animais no local para celebrar o feriado da Páscoa.
Israel negou as alegações e enviou mensagens aos palestinos assegurando a eles que não permitirão que os judeus realizem nenhuma "provocação" no Monte do Templo.
Até Saleh al-Arouri, alto funcionário do Hamas admitiu, horas antes do início da eclosão da violência, que seu grupo na realidade recebeu aquelas garantias. De acordo com al-Arouri, a mensagem israelense foi transmitida ao Hamas por meio de "mediadores" não identificados.
No entanto, todas as articulações de Israel para refutar as falsas alegações dos palestinos não ajudaram em nada.
O libelo de sangue palestino quanto à suposta profanação dos lugares sagrados islâmicos pelos judeus começou há vários anos com o próprio presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas. Em 2015, Abbas salientou:
"a Mesquita de Al-Aqsa e a Igreja do Santo Sepulcro são nossas. É tudo nosso e eles (judeus) não têm o direito de profaná-las com seus pés imundos. Nós abençoamos cada gota de sangue derramado por Jerusalém. Este é sangue limpo e puro, sangue derramado em nome de Alá. Cada mártir alcançará o paraíso e todos os feridos serão recompensados por Alá."
Logo depois do discurso de Abbas, os palestinos lançaram uma onda de ataques terroristas com esfaqueamentos, tiroteios e atropelamentos em massa.
Os palestinos que partiram para assassinar judeus pensaram que estavam acatando o chamamento de seu presidente para defender a mesquita dos "pés imundos" dos judeus. Ao assassinar dezenas de judeus por causa da mesquita, os próprios terroristas estavam na verdade profanando a santidade da mesquita de Al- Aqsa. Como assim? Eles apelaram para o nome da mesquita para justificar a onda de assassinatos de judeus inocentes.
Os pouquíssimos judeus que visitaram pacificamente a área externa do Monte do Templo nos últimos anos nunca puseram os pés no interior da Mesquita de Al-Aqsa nem na vizinha Cúpula da Rocha. Os visitantes judeus não vão lá para agredir nem humilhar os muçulmanos. Eles vão lá como parte de um roteiro de excursões organizadas e coordenadas com as autoridades israelenses.
Se alguém é agredido, assediado e humilhado, é o visitante judeu. Vídeos de palestinos xingando e gritando aos visitantes judeus circularam por anos a fio em plataformas de redes sociais. E não para por aí, os palestinos tentaram atacar fisicamente os visitantes judeus.
Vale ressaltar que as requentadas alegações palestinas sobre judeus profanarem os lugares sagrados islâmicos vieram concomitantemente com o vandalismo dos palestinos contra o Túmulo de José na cidade palestina de Nablus.
O lugar, onde segundo a tradição judaica, a figura bíblica de José teria sido enterrado, foi atacado e vandalizado duas vezes por manifestantes palestinos na semana passada.
Esta não foi a primeira vez que os palestinos atacaram e danificaram o Túmulo de José. Muito embora, segundo relatos, a Autoridade Nacional Palestina tenha prometido ajudar a reformar o local, no final foi o exército israelense que teve que enviar um considerável contingente para reparar os estragos.
O Túmulo de José foi alvo dos palestinos pelo seguinte motivo: impedir que os judeus fossem lá para rezar. Dois judeus religiosos que tentaram chegar ao local depois que ficaram sabendo do vandalismo foram baleados e feridos pelos palestinos.
O vandalismo e a tentativa de negar aos judeus o acesso ao Túmulo de José é a verdadeira profanação de um lugar sagrado, e não as excursões pacíficas de judeus ao Monte do Templo e ao livre acesso que os muçulmanos têm a todas as mesquitas de Jerusalém.
Enquanto isso, a comunidade internacional, continua ignorando a profanação dos palestinos de lugares sagrados. Os jornalistas comunicam como policiais israelenses "atacaram" o complexo da Mesquita de Al-Aqsa na manhã de sexta-feira, sem apontar que manifestantes palestinos lotaram a mesquita com pedras e barras de ferro horas antes da entrada da polícia.
As alegações palestinas de que os judeus estão profanando os lugares sagrados visam não só incentivar os palestinos a realizarem ataques terroristas, como também catalizar todos os muçulmanos contra Israel. As falsas acusações promovem o antissemitismo e botam mais lenha na fogueira dos inimigos de Israel ao redor do mundo, em especial, lamentavelmente, nos campi universitários dos EUA.
E tudo isso acontece enquanto a Administração Biden não está nem aí diante dos infindáveis libelos de sangue palestinos e da execrável incitação contra Israel e contra os judeus. Durante uma recente visita do secretário de Estado dos EUA Antony Blinken a Ramala, capital de fato dos palestinos, ele declarou:
"trabalharemos no sentido de evitar ações de ambos os lados que possam escalar as tensões. Inclusive a expansão de assentamentos, violência de colonos, demolições de casas, despejos, pagamentos a pessoas condenadas por terrorismo, incitação à violência".
As observações de Blinken mostram que ele considera a construção de novas moradias para judeus mais perigosa do que o assassinato de israelenses nas ruas das cidades israelenses.
Salta aos olhos o fato de Blinken não ter ameaçado suspender a ajuda financeira dos EUA aos palestinos com respeito aos pagamentos às famílias de terroristas que assassinaram judeus e a contínua incitação para atacar israelenses.
Tomem nota: enquanto Blinken considerar a construção de apartamentos para judeus uma ameaça maior do que atirar e esfaquear homens e mulheres israelenses em shoppings e bares, os palestinos não cessarão os pagamentos por sangue derramado e a incitação assassina.
A menos que a Administração Biden deixe inequivocamente claro que os palestinos pagarão caro por continuarem recompensando terroristas e suas famílias, os palestinos não irão desacelerar a profanação de lugares sagrados nem conter os ataques terroristas.
Bassam Tawil, árabe muçulmano, radicado no Oriente Médio.