Depois da China, a República Islâmica do Irã, sua aliada, aparece como segundo ponto focal do coronavírus e graças às mentiras e acobertamentos dos mulás, Teerã espalha o vírus para os quatro cantos da terra. Foto: a vigilância sanitária desinfeta o santuário Masumeh em Qom em 25 de fevereiro de 2020. (Foto: Mehdi Marizad/Fars News Agency/AFP via Getty Images) |
O Líder Supremo do Irã, Ayatollah Ali Khamenei, disse recentemente que o coronavírus era uma "benção." Depois da China, a República Islâmica do Irã, sua aliada, aparece como segundo ponto focal do coronavírus e graças às mentiras e acobertamentos dos mulás, Teerã espalha o vírus para os quatro cantos da terra.
Primeiro as autoridades iranianas afirmaram que o país não estava passando por nenhuma crise no tocante ao coronavírus: que ninguém no Irã tinha contraído a doença. Logo no entanto, informações vazadas revelavam que a cúpula iraniana sabia muito bem o que estava acontecendo em relação ao coronavírus no Irã, mas já havia decidido esconder a verdade.
Quando um punhado de autoridades iranianas foram pressionadas a fornecer informações, elas declararam que estavam proibidas de revelar o número de pessoas infectadas ou mortas. O responsável pela Universidade de Ciencias Médicas em Qom, Mohammad Reza Ghadir, por exemplo, ressaltou na TV estatal do Irã que o Ministério da Saúde desautorizou toda e qualquer divulgação de estatísticas com respeito ao surto de coronavírus no país.
A pergunta que não quer calar: será que os mulás detentores do poder estão intencionalmente tentando disseminar o coronavírus a outros países como forma de jihad global? Se não for isso, por que então o supremo aiatolá do Irã iria dizer que o coronavírus é uma "benção"?
Agora, o regime iraniano não só se recusa a abrir à população ou à comunidade internacional o quadro completo e preciso sobre o surto de coronavírus, como também não toma nenhuma medida necessária e as devidas precauções no sentido de evitar que o vírus se espalhe.
Mesmo tendo a cidade de Qom virado a boca do furacão, através da qual o coronavírus é transmitido a outras partes do planeta, o presidente iraniano Hassan Rouhani assinalou que o governo não cogita colocar a cidade sob quarentena, muito menos, qualquer outra cidade.
Além disso, embora os líderes iranianos estivessem cientes do elevado número de pessoas infectadas com o coronavírus, eles não interromperam seus voos a outros países.
O site Eghtesad Online escreveu em 19 de fevereiro que as autoridades iranianas afirmaram falsamente que tinham suspendido os voos.
É de suma importância lembrar ao público que as companhias aéreas comerciais do Irã, em especial a Iran Air e Mahan Air, vem sendo utilizadas para o transporte ilícito de armas e de militares, como os membros da Guarda Revolucionária do Irã (IRGC), a Força Quds (elite) e a milícia Basij. Essas empresas aéreas normalmente voam a países como a Síria, sem aviso prévio. Vários países, como a Alemanha e a França, cancelaram pousos e decolagens de voos da Mahan Air.
A República Islâmica também não disponibiliza serviços pelo país para verificar se as pessoas contraíram o vírus. Mohammad Reza Ghadir confirmou que a "maioria dos testes foram realizados em Teerã e Teerã deixa isso claro." O regime também não conduz exames físicos completos nos pacientes. Depois que algumas pessoas morreram no Hospital Kamkar em Qom, um funcionário do hospital salientou:
"não há estatísticas precisas porque tivemos fatalidades suspeitas há dez dias e até dois dias atrás todos foram enterrados sem os devidos exames e há uma alta probabilidade de que eles estivessem infectados com o coronavírus."
A situação ficou tão perigosa que alguns membros do parlamento iraniano finalmente resolveram botar a boca no trombone e teceram críticas ao establishment teocrático por não abordarem o problema de forma adequada.
Ahmad Amirabadi, membro do parlamento iraniano, revelou importantes informações ao se dirigir à Agência de Notícias Iraniana Labour controlada pelo estado. Segundo a Agência ele disse:
"Qom não está se saindo bem em termos do controle da disseminação do coronavírus e penso que o governo, com respeito ao controle do vírus, não está dando conta do recado.
"As enfermeiras já não dispõem de vestuário próprio para quarentena, além de cuidarem de pacientes com medo e ansiedade. As enfermeiras se defrontam com muitos problemas e também há poucas dependências para o tratamento, além disso Qom também carece de kits de laboratório."
"É verdade que precisamos manter a calma, mas não podemos olhar para a magnitude da crise como se nada estivesse acontecendo... Lamentavelmente, o surto de coronavírus se instalou em Qom há três semanas, e isso foi reconhecido com atraso."
O acobertamento e as mentiras dos líderes iranianos fazem parte das razões que estão por trás da disseminação do coronavírus para outras nações. Ao chamar o coronavírus de "benção", o Líder Supremo do Irã parece indicar que seu objetivo é espalhar o vírus a outros países, particularmente Israel e o Ocidente.
Dr. Majid Rafizadeh é estudioso de Harvard, estrategista e consultor de negócios, cientista político, membro do conselho da Harvard International Review e presidente do International American Council on the Middle East. Ele escreveu vários livros sobre o Islã e Política Externa dos EUA. Contato: Dr.Rafizadeh@Post.Harvard.Edu