Os dois milhões de cidadãos árabes de Israel são alvo de inveja de seus irmãos palestinos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. O exemplo da vida bem-sucedida e próspera dos árabes-israelenses pode ser vista em Arraba, (foto) uma cidade localizada na região da Galileia, no norte de Israel. Com uma população de 26 mil habitantes, Arraba já é uma das comunidades líderes do mundo em número de médicos.. (Imagem: Yaakov/Wikimedia Commons) |
Aos palestinos que vivem sob o regime da Autoridade Nacional Palestina (ANP) na Cisjordânia e sob o regime do Hamas na Faixa de Gaza só resta sonhar com a qualidade de vida de seus patrícios árabes que moram em Israel.
Graças aos atuais líderes da ANP e do Hamas, o povo palestino está afundado em péssimas condições de vida. Pobreza, desemprego e repressão têm sido o seu destino, década após década. Isso acontece porque a ANP e o Hamas reiteradamente rejeitam planos de paz que proporcionariam prosperidade aos palestinos.
De uns tempos para cá, a ANP e o Hamas rejeitaram o plano de paz para o Oriente Médio do presidente dos EUA Donald Trump, que inclui propostas de investimentos e infraestrutura que atinge a casa dos US$50 bilhões para a criação de pelo menos um milhão de novos empregos para os palestinos. O plano prevê projetos no valor de US$27,5 bilhões para a Cisjordânia e Faixa de Gaza e US$9,1 bilhões aos palestinos que se encontram no Egito, Jordânia e Líbano. Os projetos "incluem setores da saúde, educação, energia elétrica, água potável, tecnologia de ponta, turismo e agricultura".
Os líderes palestinos, no entanto, disseram "não" ao plano de Trump e o tacharam de "conspiração americano/sionista para liquidar a questão palestina e os direitos do povo palestino".
Esses líderes, que rejeitaram o plano Trump antes mesmo de saberem do que se tratava, obviamente não dão a mínima para o bem-estar de seu povo. Ao recusar a proposta de US$50 bilhões, os líderes palestinos provaram mais uma vez que preferem ver seu povo continuar vivendo à míngua e na miséria do que aceitar uma proposta que iria financiar inúmeros projetos econômicos, além de abrir oportunidades de trabalho para muitos palestinos desempregados. Os verdadeiros prejudicados por conta do rejeicionismo inveterado dos líderes palestinos são, tragicamente, o povo palestino.
Dito isso, há árabes na região que são mais afortunados do que os palestinos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza: os cidadãos árabes de Israel. Esses cidadãos têm a sorte de não viverem sob o domínio dos líderes corruptos e incompetentes da ANP e do Hamas. Esses cidadãos árabes são sortudos porque vivem em Israel.
Os dois milhões de cidadãos árabes de Israel são alvo de inveja de seus irmãos palestinos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Raramente passa um dia sem que os palestinos sejam lembrados da vida boa e confortável dos cidadãos árabes de Israel.
O exemplo mais recente da sua vida bem-sucedida e próspera pode ser visto em Arraba, uma cidade localizada na região da Galileia, no norte de Israel. Com uma população de 26 mil habitantes, Arraba já é uma das comunidades líderes do mundo em número de médicos.
"Há 400 médicos em Arraba, "salientou o Dr. Tarek al-Sa'di, médico internista da cidade que trabalha no Hospital Rambam em Haifa, fundado em 1938, 10 anos antes da criação do Estado de Israel. "Arraba tem o maior número de médicos do mundo. Estamos falando de 15 médicos para cada 15 mil residentes. É uma proporção extremamente alta".
O cirurgião plástico Yusef Nassar, também morador de Arraba, ressaltou: "algo estranho está acontecendo em nossa cidade. Em cada casa você encontrará três ou quatro médicos. Tenho várias clínicas espalhadas pelo país. Quem vem às minhas clínicas? Pessoas de muitas cidades e vilarejos, tanto judeus quanto árabes".
Saeed Yassin, veterano médico de família de Arraba, se orgulha em ser pai de três médicos, dois meninos e uma menina. "Também tenho outros dois filhos farmacêuticos", assinalou ele.
Além disso, observou Yassin, seus dez irmãos são médicos. "A cada seis meses se ouve os fogos de artifício comemorando a formatura de mais 15 ou 20 médicos que passaram nos exames", salientou ele. "Não é raro que uma família tenha médicos, advogados e engenheiros. Virou normal para nós".
As mulheres árabes que vivem em Israel ao que tudo indica, também tem mais oportunidades do que as que vivem sob o regime da ANP e do Hamas. Os moradores de Arraba observam que o número de médicas na cidade é ainda maior do que a de médicos.
A Dra. Wuroud Yassin, que trabalha no Hospital Carmel em Haifa, formou-se no prestigiado Technion, o Instituto de Tecnologia de Israel em Haifa.
"Estudei no Technion juntamente com alunos de várias origens e religiões, incluindo árabes e judeus", realçou ela. "Eu era a única menina da minha família e me ensinaram que não há diferença entre meninos e meninas. Também me ensinaram que nada é impossível se você der duro".
Outra história de sucesso em Arraba é a do psicólogo Saleh Kana'neh, fundador e diretor do Centro de Diagnóstico Tratamento e Reabilitação El-Razi, o primeiro Centro desse tipo a formar uma equipe de profissionais para diagnosticar crianças e jovens com deficiência e desenvolver remédios inovadores que atendam à comunidade árabe em total coordenação com o governo, departamentos de saúde e as autoridades locais.
Considerada a Meca no diagnóstico e tratamento de problemas mentais em crianças árabes, o centro providenciou cerca de 50 mil tratamentos para 1.500 crianças em creches e supervisionou 20 mil diagnósticos em centros de diagnóstico, além de dedicar milhares de horas em orientação aos pacientes e ao staff.
"Nós também damos tratamento a judeus", declarou o Dr. Kana'neh. "Nos orgulhamos que a maioria de nossos funcionários são mulheres. Você não encontrará nenhuma residência em Arraba que não tenha pelo menos um profissional de nível superior. Isso dá orgulho à nossa comunidade árabe. Em Arraba há cem psicólogos. Isso significa que temos um psicólogo para cada 2.500 moradores da cidade".
Essas histórias de sucesso dos árabes tendem a ser ignoradas pela mídia e pela comunidade internacional. Esses indivíduos, que vivem em Israel, estão obviamente numa boa.
Se eles morassem na Cisjordânia ou na Faixa de Gaza, reclamando de Israel todos os dias, teriam chamado a atenção do mundo todo.
Jornalistas internacionais que cobrem o Oriente Médio e muitas organizações internacionais preferem fechar os olhos a essas histórias porque elas mostram o aspecto positivo da vida em Israel.
A seguir mais indesejadas boas notícias sobre os cidadãos árabes de Israel: o governo de Israel anunciou em 2018, que nos últimos dois anos, investiu 4,5 bilhões de shekels (US$1,3 bilhão) nas regiões árabes. O governo também anunciou que investirá 20 milhões de shekels (US$5,6 milhões) no mercado árabe de alta tecnologia. No geral, o governo decidiu investir 15 bilhões de shekels (US$4,3 bilhões) no setor árabe-israelense até o final de 2020, a fim de "reduzir as defasagens sociais e econômicas entre os setores minoritários e a população em geral, alterando os mecanismos de alocação de fundos".
Enquanto o governo israelense investe centenas de milhões de dólares para melhorar as condições de vida de seus cidadãos árabes, os líderes da Autoridade Nacional Palestina e do Hamas continuam a privar seu povo de ajuda externa, futuro e esperança.
Os US$50 bilhões que o plano de Donald Trump ofereceu aos palestinos acabarão retidos porque os líderes palestinos têm algo bem diferente em mente: continuar abarrotando suas próprias contas bancárias às custas de seu povo. Não causa espécie então, que quando os árabes, incluindo os palestinos, sonham com uma vida melhor, eles frequentemente sonham em mudar para Israel. Não é de se admirar também que a maioria dos árabes-israelenses não quer se tornar parte de um estado palestino e tem exigindo continuar em Israel.
Bassam Tawil reside no Oriente Médio.