Como povo altamente civilizado, perdemos o toque de alguns conceitos básicos. Como por exemplo a guerra.
Reclamamos que nunca mais vencemos guerras, mas isso é porque não guerreamos para valer. Em vez de guerrear, fazemos intervenções limitadas contra os insurgentes. Tentamos estabilizar estados falidos. Às vezes entramos, eliminamos alguns terroristas e depois voltamos para casa. Veteranos, cujos ferimentos são verdadeiros, ficam sentados se perguntando pra que isso tudo. O mesmo se perguntam as famílias dos homens que morreram lutando numa guerra que nunca foi uma guerra.
Para vencer uma guerra, é necessário guerrear pra valer
Se o inimigo está travando uma guerra e você está travando outra coisa e não uma guerra, o inimigo irá vencer.
As ações policiais, a prática para a construção da nação e coisas do gênero têm objetivos vagos e mal definidos, ao passo que as guerras têm objetivos claríssimos.
As guerras são vencidas ou perdidas. É por isso que os governos modernos raramente gostam de entrar em uma de verdade.... Uma vez declarada a guerra, sabe-se que é preciso vencer.
Combatemos coisas que não são guerras para "estabilizar" regiões. As guerras não são travadas para atingir estabilidade, e sim para a destruição. Para vencer uma guerra, destrói-se o inimigo. Foi isso que os Estados Unidos e os seus aliados fizeram na Segunda Guerra Mundial, fizeram chover mortes e destruição em massa sobre a Alemanha nazista e sobre o Japão Imperial de uma forma que ainda faz os liberais modernos se encolherem de medo.
"Os nazistas entraram nesta guerra na ilusão bastante infantil de que eles iriam bombardear todo mundo, e ninguém iria bombardeá-los", salientou Arthur Harris, comandante da Real Força Aérea em 1940.
"Quanto maior a pressão mais alemães mataremos. Quanto mais alemães matarmos, menos homens dos nossos serão mortos. Forçar o máximo significa menos vítimas do nosso lado. Quero que todos se lembrem disso", enfatizou o general Geroge Patton ao Terceiro Exército.
A obsessão de Franklin D. Roosevelt em levar a guerra ao Japão levou ao Doolittle Raid. Uma das bombas do ataque atingiu uma escola. "É totalmente impossível bombardear um objetivo militar que esteja perto de residências civis sem que haja perigo de também atingir as residências civis. É o risco da guerra", advertiu Doolittle.
A guerra é isso. É por isso que as guerras não podem ser travadas superficialmente. Mas quando se entra numa guerra, tem de ser para vencer.
Uma guerra justa se baseia na fundamental clareza moral em relação aos inimigos, não em relação às suas táticas. Crimes de guerra são um termo sem sentido, exceto quando aplicados às violações de um acordo entre os dois combatentes ou civis que não fazem parte do conflito. Esse não é o caso em Gaza. E raramente é o caso quando se combate terroristas islâmicos.
Os Estados Unidos enfrentaram a tortura, a execução, os abusos, as experiências médicas e o canibalismo dos japoneses contra nossas tropas com maior determinação para vencer a qualquer custo. Este foi o custo de Hiroshima e Nagasaki. Não foram crimes de guerra, foi assim que um regime de monstros que cometeu atrocidades indescritíveis foi finalmente forçado a se render.
É isso que significa lutar para vencer.
Vencer o Hamas não significa lançar algumas bombas sobre edifícios, organizar uma incursão limitada, eliminar alguns líderes do Hamas e depois deixar a Turquia e o Egipto negociarem uma trégua. Isto não é guerra.
Vencer significa destruir o Hamas, seus líderes, seus terroristas e seus apoiadores por todos os meios necessários e garantir a segurança do território a partir do qual eles operam, de modo que não possam ser utilizados para realizar ataques semelhantes.
Israel têm condições de lutar e vencer tal guerra? Sim, tem. Mas irá? Esta é a questão.
Israel, tal qual os Estados Unidos, tentou não travar guerras. Foi isso que levou aos horrores dos ataques no dia do festejo de Simchá Torá. Tomara que no futuro Israel lute e vença uma guerra antes que seja tarde demais.
Daniel Greenfield é Shillman Journalism Fellowship no David Horowitz Freedom Center.